Café Luso
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22 Abril 2019
RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS MENSAIS CAFÉ LUSO
Decorre em 2019 a 7.ª edição das RAM. Se é verdade que esta iniciativa de êxito se propunha inicialmente como oportunidade de dar a conhecer jovens e desconhecidos talentos, o certo é que acabou por também receber variados e competentes profissionais do Fado.
Hoje damos a conhecer a fadista Catarina Metello, que teve o mês de Março por sua conta.
Junto com aquilo que é a Tradição do valor formativo de casas de fado antigas, e por também ter acolhido na sua história os famosos concursos de fado, Café Luso continua a prestar contributo às sucessivas gerações de artistas de fado.
a) Como nasceu e explica a sua paixão por cantar fado?
Comparo o Fado ao Amor!
Já existimos quando somos apresentados, nasce uma amizade,feita de cumplicidade e respeito, começa a ganhar forma e cor, tornasse mais forte e mais segura, até que faz parte integrante de Um Só.
Fado é Amor.
A música, sempre marcou compasso na minha vida…
Foi uma surpresa, pois não conhecia , aprendi a gostar, ouvindo, vivendo e sentindo.
Logo nas primeiras tentativas de interpretação, deste que é ÚNICO em todo o Mundo, o Fado , senti que não existia melhor forma de exprimir , todo o sentimento que em mim existe.
A sua musicalidade, os seus poemas, a sua história , fazem-me sentir mais próxima de mim mesma, mais completa e autentica.
b) Alguma figura do fado foi determinante na sua paixão/inspiração?
Determinante, sim… O próprio Fado, por toda a sua envolvência, desde o mágico trinar da Guitarra Portuguesa ao compassar marcante da Viola de Fado, a todos os Fadistas, tanto cantantes como ouvintes.
c) Qual ou quais os estilos de fado que mais gosta de interpretar?
Gosto de todos, porém identifico-me mais com o Fado Tradicional , principalmente pela possibilidade de adaptar poemas inéditos, que não sejam cantados, e que se aproximem mais da minha história de vida, conseguindo desta forma empenhar todo o meu sentimento de alma e coração, defender melhor a harmonia entre (Poema , Música de Fado e Voz)
d) Que importância e significado tem revestido esta sua residência artística no Café Luso?
Foi uma experiência que trouxe positivismo , permitiu-me superar-me, ter o conforto dos músicos, em especial do Jorge (contrabaixo acústico)
Mas acima de tudo, pessoalmente para mim, a palavra-chave para descrever a Residência resume-se à Elsa Laboreiro por todo o apoio e concelhos que me deu, que eu tentei defender e melhorar mesmo no curto espaço de tempo da Residência, mas que ficam para a continuidade do meu percurso. Sempre diz o meu Padrinho: “O fácil já está feito”, por isso vou continuar o caminho de evolução.